segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Posso ter chamar de amigo ???


Quando eu era menino, mamãe me aconselhava a tomar cuidado com os meus amigos. Depois, quando cresci mais, meu pai repetiu para mim o surrado provérbio: “Dize-me com quem andas e te direi quem és”. Não consigo avaliar se consegui obedecer-lhes, mas, por outros motivos, venho trocando de amigos.

Chegou a idade e com sinceridade estou bem decepcionado com a palavra “amizade”. Como reluto para não tornar-me cético, busco andar ao lado de verdadeiros amigos, porém, isso não é fácil.

Por causa da internet, consegui encontrar um companheiro bem antigo, que imaginei ser um bom amigo. Eu havia perdido o contato com ele há alguns anos. Redigi uma mensagem cheia de afetos e saudade e supliquei-lhe que retomássemos nossos vínculos. Acrescentei que anelava por companhia. Ele agradeceu a minha “carta eletrônica” e propôs que, daquele dia em diante, compartilhássemos nossos esboços de sermões. Quase chorei. A última coisa que eu queria dele era o “esqueleto” de suas pregações. Mesmo com tantas decepções, insisto em garimpar bons amigos.....

Quero ser amigo de quem valorize a lealdade. Depois que sai do exercito andei sujo sem rumo jogado a sorte sem DEUS, certa vez um amigo de caserna andava na mesma rua eu o vi e o gritei. Ele a me ver atravessou a rua e não me cumprimentou talvez por vergonha por estar com sua namorada. Ainda guardo esse trauma e, sinceramente, não consigo lidar com amizades que só se mantêm por causa de conveniências, qualquer uma. Quero acreditar em amizades que não se intimidam com o ser e não enxerga o ter, que não retrocedem diante do perigo e que não abandonam na hora do apedrejamento. Amigos não desertam.

Quero ser amigo de quem eu não precise me proteger e que não tenha medo de mim. Não creio em companheirismos repletos de suspeitas. Os grandes amigos são vulneráveis. Conversam sem se policiar, rasgam a alma e sabem que seus segredos jamais serão lançados em rosto ou expostos publicamente. .

Quero ser amigo de quem não se melindra facilmente. Por mais que tente, continuo tosco; magôo meus amigos com meus silêncios, com minha introspecção e, muitas vezes, com meus comentários ácidos e impensados. Portanto, preciso de amigos que tolerem minhas heresias, minhas hesitações e meus pecados. Busco amizades que agüentem o baque das minhas inadequações. Preciso de amigos teimosos.

Quero ser amigo de quem não contenta em re-encaminhar mensagens re-encaminhadas de power-point da internet. Não gosto de cartões de aniversário com frases prontas e com obviedades. Acredito que os verdadeiros amigos têm o que repartir e que sentem necessidade de expressar seus sentimentos, suas dúvidas e principalmente seus medos e desesperos. Amizades superficiais são mais danosas para o espírito do que inimizades explícitas. .

Quero ser amigo de quem não é muito certinho. Não tolero conviver com gente que nunca tropeça nos próprios cadarços, Vez por outra, gosto de relaxar, rir do passado, sonhar coisas malucas para o futuro e conversar trivialidades. Quero amigos que se deliciem em ouvir uma mesma música duas vezes para perceber a riqueza da letra; de comentar o filme que acabaram de assistir, o último livro que leram e de, numa mesma conversa, elogiar e espinafrar políticos, pastores, atores, árbitros de futebol e serem capazes de chorar sorrir.

Quero terminar meus dias e poder dizer que, mesmo descrendo das ideologias, dos sistemas econômicos e das instituições religiosas, acredito em verdadeiras amizades,porque tive bons amigos. Até porque Deus não só ama, como também nos chamou de amigos.

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Luis de Carmões

amigos paz

Arisson Belan


sábado, 2 de janeiro de 2010

Cesar fogo!


No Natal de 1914, em plena Primeira Guerra Mundial, soldados ingleses e alemães deixaram as trincheiras e fizeram uma trégua.


Durante seis dias, eles enterraram seus mortos, trocaram presentes e jogaram futebol.

Finalmente parou de chover.


A noite está clara, com céu limpo, estrelado, como os soldados não viam há muito tempo.

Ao contrário da chuva, porém, o frio segue sem dar trégua. Normal nesta época do ano. O que não seria normal em outros anos é o fedor no ar. Cheiro de morte, que invade as narinas e mexe com a cabeça dos vivos alemães e britânicos inimigos separados por 80, 100 metros no máximo.


Entre eles está a “terra de ninguém”, assim chamada porque não se sobreviveria ali muito tempo.


Cadáveres de combatentes de ambos os lados compõem a paisagem com cercas de arame farpado, troncos de árvores calcinadas e crateras abertas pelas explosões de granadas. O barulho delas é ensurdecedor, mas no momento não se ouve nada. Nenhuma explosão, nenhum tiro. Nenhum recruta agonizante gritando por socorro ou chamando pela mãe. Nada.

E de repente o silêncio é quebrado. Das trincheiras alemãs, ouve-se alguém cantando.



Os companheiros fazem coro e logo há dezenas, talvez centenas de vozes no escuro.

Cantam “Stille Nacht, Heilige Nacht”.

Atônitos, os britânicos escutam a melodia sem compreender o que diz a letra.


Mas nem precisam: mesmo quem jamais a tivesse escutado descobriria que a música fala de paz.


Em inglês, ela é conhecida como “Silent Night”; em português, foi batizada de “Noite Feliz”.


Quando a música acaba, o silêncio retorna. Por pouco tempo.



“Good, old Fritz!”, gritam os britânicos.

Os “Fritz” respondem com “Merry Christmas, Englishmen!”, seguido de palavras num inglês arrastado

Um alemão escreveu a sua mãe sobre este dia : "aquele foi um dia de paz na guerra; é uma pena que não tenha sido a paz definitiva".



No Natal de 1914, em plena Primeira Guerra Mundial, soldados ingleses e alemães deixaram as trincheiras e fizeram uma trégua. Durante seis dias, eles enterraram seus mortos, trocaram presentes e jogaram futebol.



Sei que já se passou o natal e que o novo ano chegou, mas o sentimento que invade o meu coração e parecido com aquele dia de 1914 quando soldados abaixam suas armas e viveram o milagre que e essa noite.



Eu sei que não foi o dia que ele nasceu, sei que o natal perdeu o sentido com o capitalismo e o consumo sabe também que o natal e cercado de ritos pagãos.



Mas esta data faz o soldado baixar sua arma, ele então celebrar a paz e mesmo por um período tão pequeno ele não esta mais em guerra , algo de diferente esta no ar desta data .



No dia 26 de dezembro exatamente as 09:00 este soldado tambem abaixou a guarda para o milagre da vida e chorou de alegria e jubilo e pode sim ter o melhor natal de sua vida.


ESTEVÃO BELAN papai te ama !!!!